OS BESTIALIZADOS:
O Rio de janeiro e a República que não foi.
Samira
TONON
Resumo: Este artigo trabalhará as etapas do Brasil
República, Visando descrever as mudanças econômicas, políticas e sociais.
Trabalhando com a obra: Os Bestializados do autor José Murilo de Carvalho, que
é trabalhada no Rio de janeiro, pois foi a capital da politica e da economia do
país no inicio da república.
Palavras-Chave: Brasil República; política; Rio de janeiro.
Introdução:
Farei uma breve análise
do ensino de História Brasil República utilizando a obra os bestializados: o
Rio de Janeiro e a República que não foi, de José Murilo de Carvalho. A análise
tende a descrever o Rio de janeiro, que foi a capital da política e da economia
da época, e como foi às mudanças políticas do império á República, de acordo
com o Aristides Lobo, o principal protagonista da república. “o povo não
participou da República reivindicando seus direitos de cidadãos, mas sim
participaram como meros espectadores bestializados.” (pág. 9).
Para José Murilo de
Carvalho ele acha interessante está idéia ser transmitida por um observador
participante, com a obra, ele mostra que o cidadão é a própria ação da
política. Para o autor o povo era mais do que um povo bestializado e que tinha
algo a mais nesta política a ser trabalhado.
Assim trabalhar com a
transição do império para a República é essencialmente necessário para que se consiga
entender o que passava na realidade.
Em 1889 é onde começa as mudanças,
principalmente na cultura e no social. E começa a ser controlada em 1904. Para
os que eram reprimidos no governo monárquico, agora havia a possibilidade de
participação, trazendo o entusiasmo para os operários, pois no regime anterior
eram apenas trabalhadores sem merecimento de direitos, com a vinda da República
os operários se viam como pessoas livres e sentiam-se a vontade de reivindicar
seus direitos, tais como seguro de vida e férias.
A partir de 1890, houve
tentativas de novos partidos vindo dos operários, a cidade do Rio de Janeiro
tinha um retorno rápido das mudanças políticas, provando assim que havia participação
do povo, mostrava que todos estavam em busca de mudanças e que havia algo a
mais na política.
O Rio de janeiro passou
por grandes mudanças neste período. A cidade passou por um aumento populacional
em massa, com grande chegada de imigrantes principalmente portugueses. Além da
chegada dos imigrantes tiveram também a abolição dos escravos, com isso houve uma
crise no ramo do trabalho, devido ao excesso de mão de obra, fazendo com que as
pessoas se submetessem a qualquer tipo de trabalho, deixando então a mão de
obra cada vez mais barata. Abrindo portas para a depressão, alcoolismo e aos
vícios. Constituindo assim a fobia aos estrangeiros, Floriano Peixoto começou a
controlar a entrada dos imigrantes e a deporta-los, pois para muitos os
imigrantes estavam roubando seus trabalhos e suas moradias esta fobia atingiu
principalmente os portugueses que se caracteriza o primeiro problema.
Os aumentos intensos de pessoas desempregadas
ou com trabalhos informais, com um modo de vida precário, muitos viviam de
forma ilegal. De acordo com o autor tais profissões eram depreciadas pela
sociedade no século XIX, tais profissionais eram encarados como marginais
pessoas perigosas, e dentro desta descrição havia o grupo de capoeiras que
viviam nas ruas centrais.
Além disso, ouve o
problema econômico o governo provisório emitiu muito dinheiro sem nenhum
lastro, sendo então por um bom tempo uma república de banqueiros, onde as
pessoas ficavam ricas aproveitando de qualquer oportunidade, conhecido como
enriquecer por especulação, com o tempo houve uma inflação tão generalizada que
os salários não estavam mais acompanhando o aumento dos preços.
Por meio do século o país
entrou em uma crise e um processo de deflação, que só se neutralizou no governo
de campos Sales. O que fez muitos passarem por dificuldades de sanidade básica,
muitos passavam fome e a falta da comida deixa o corpo acessível á doenças e
consequentemente á morte. Em 1891 começou o grande rastro de epidemias como
varíola e a febre amarela.
Trazendo para o povo
uma verdadeira revolta, pois ficava cada vez mais difícil de manter uma vida
estável, com variáveis de preços todo dia, com a fome e principalmente com as
doenças que cada vez se tornavam mais comuns.
Os valores antigos
também passaram por mudanças muito rápidas, comparando a desigualdade dos sexos,
pois havia mais homens do que mulheres no Rio de janeiro devido à imigração.
Com isso menos matrimônios, e com o índice auto de nascimentos ilegítimos,
pode-se usar como base para provar que os modos estavam mais soltos.
Isso se deu com a
irritação da população perante as autoridades republicanas moralistas, o
Deodoro que perseguiu os capoeiras e Floriano que tinha uma aparência
repressora.
O grande problema que o
governo enfrentava era de organizar o novo regime que pudesse substituir o
arranjo imperial.
Conforme o Murilo de Carvalho, ”Durante anos a
República passou por várias crises, havendo constantes guerras civis, a economia
estava ameaçada devido à crise do café, e havia uma necessidade emergencial de
estabilizar o governo. ” (pág. 31).
Com isso podemos
concluir que a República foi montada por movimentações de idéias,
principalmente europeias. De acordo com
o autor “tais idéias nem sempre vinham corretamente ou vinham mal absorvidas ou
fragmentadas, misturando o socialismo com o liberalismo, positivismo e
anarquia.” (pág. 42.) Este período foi marcado no Rio de janeiro devido à
vontade de conquistar riqueza a qualquer preço, a mudança do pensamento
coletivo que ajudou a montar essa República, mudanças de ordens, princípios e
moral.
Mudando o espirito
eleitoral obtendo a eleição direta, conquistando assim a cidadania ativa.
Pode se dizer então na
ênfase deste trabalho que a república não é apenas uma, mas com o estudo dentro
de uma república, podemos achar varias e foi dentro deste processo de dessas
mudanças, greves, lutas de direito trabalhista, e crises econômicas que a
República do Rio de janeiro foi constituída.
Referências
bibliográficas:
CARVALHO,
José Murilo de. Os bestializados. O Rio de Janeiro e a República que não foi.
São Paulo: Companhia das Letras. 2005. p. 9-65.