domingo, 23 de setembro de 2012

Os bestializados


OS BESTIALIZADOS:

 O Rio de janeiro e a República que não foi.

 

                                                                                                                        Samira TONON

 

 

Resumo: Este artigo trabalhará as etapas do Brasil República, Visando descrever as mudanças econômicas, políticas e sociais. Trabalhando com a obra: Os Bestializados do autor José Murilo de Carvalho, que é trabalhada no Rio de janeiro, pois foi a capital da politica e da economia do país no inicio da república.

Palavras-Chave: Brasil República; política; Rio de janeiro.

Introdução:

Farei uma breve análise do ensino de História Brasil República utilizando a obra os bestializados: o Rio de Janeiro e a República que não foi, de José Murilo de Carvalho. A análise tende a descrever o Rio de janeiro, que foi a capital da política e da economia da época, e como foi às mudanças políticas do império á República, de acordo com o Aristides Lobo, o principal protagonista da república. “o povo não participou da República reivindicando seus direitos de cidadãos, mas sim participaram como meros espectadores bestializados.” (pág. 9).

Para José Murilo de Carvalho ele acha interessante está idéia ser transmitida por um observador participante, com a obra, ele mostra que o cidadão é a própria ação da política. Para o autor o povo era mais do que um povo bestializado e que tinha algo a mais nesta política a ser trabalhado.

Assim trabalhar com a transição do império para a República é essencialmente necessário para que se consiga entender o que passava na realidade.

 Em 1889 é onde começa as mudanças, principalmente na cultura e no social. E começa a ser controlada em 1904. Para os que eram reprimidos no governo monárquico, agora havia a possibilidade de participação, trazendo o entusiasmo para os operários, pois no regime anterior eram apenas trabalhadores sem merecimento de direitos, com a vinda da República os operários se viam como pessoas livres e sentiam-se a vontade de reivindicar seus direitos, tais como seguro de vida e férias.

A partir de 1890, houve tentativas de novos partidos vindo dos operários, a cidade do Rio de Janeiro tinha um retorno rápido das mudanças políticas, provando assim que havia participação do povo, mostrava que todos estavam em busca de mudanças e que havia algo a mais na política.

O Rio de janeiro passou por grandes mudanças neste período. A cidade passou por um aumento populacional em massa, com grande chegada de imigrantes principalmente portugueses. Além da chegada dos imigrantes tiveram também a abolição dos escravos, com isso houve uma crise no ramo do trabalho, devido ao excesso de mão de obra, fazendo com que as pessoas se submetessem a qualquer tipo de trabalho, deixando então a mão de obra cada vez mais barata. Abrindo portas para a depressão, alcoolismo e aos vícios. Constituindo assim a fobia aos estrangeiros, Floriano Peixoto começou a controlar a entrada dos imigrantes e a deporta-los, pois para muitos os imigrantes estavam roubando seus trabalhos e suas moradias esta fobia atingiu principalmente os portugueses que se caracteriza o primeiro problema.

 Os aumentos intensos de pessoas desempregadas ou com trabalhos informais, com um modo de vida precário, muitos viviam de forma ilegal. De acordo com o autor tais profissões eram depreciadas pela sociedade no século XIX, tais profissionais eram encarados como marginais pessoas perigosas, e dentro desta descrição havia o grupo de capoeiras que viviam nas ruas centrais.

Além disso, ouve o problema econômico o governo provisório emitiu muito dinheiro sem nenhum lastro, sendo então por um bom tempo uma república de banqueiros, onde as pessoas ficavam ricas aproveitando de qualquer oportunidade, conhecido como enriquecer por especulação, com o tempo houve uma inflação tão generalizada que os salários não estavam mais acompanhando o aumento dos preços.

Por meio do século o país entrou em uma crise e um processo de deflação, que só se neutralizou no governo de campos Sales. O que fez muitos passarem por dificuldades de sanidade básica, muitos passavam fome e a falta da comida deixa o corpo acessível á doenças e consequentemente á morte. Em 1891 começou o grande rastro de epidemias como varíola e a febre amarela.

Trazendo para o povo uma verdadeira revolta, pois ficava cada vez mais difícil de manter uma vida estável, com variáveis de preços todo dia, com a fome e principalmente com as doenças que cada vez se tornavam mais comuns.

Os valores antigos também passaram por mudanças muito rápidas, comparando a desigualdade dos sexos, pois havia mais homens do que mulheres no Rio de janeiro devido à imigração. Com isso menos matrimônios, e com o índice auto de nascimentos ilegítimos, pode-se usar como base para provar que os modos estavam mais soltos.

Isso se deu com a irritação da população perante as autoridades republicanas moralistas, o Deodoro que perseguiu os capoeiras e Floriano que tinha uma aparência repressora.

O grande problema que o governo enfrentava era de organizar o novo regime que pudesse substituir o arranjo imperial.

 Conforme o Murilo de Carvalho, ”Durante anos a República passou por várias crises, havendo constantes guerras civis, a economia estava ameaçada devido à crise do café, e havia uma necessidade emergencial de estabilizar o governo. ” (pág. 31).

Com isso podemos concluir que a República foi montada por movimentações de idéias, principalmente europeias.  De acordo com o autor “tais idéias nem sempre vinham corretamente ou vinham mal absorvidas ou fragmentadas, misturando o socialismo com o liberalismo, positivismo e anarquia.” (pág. 42.) Este período foi marcado no Rio de janeiro devido à vontade de conquistar riqueza a qualquer preço, a mudança do pensamento coletivo que ajudou a montar essa República, mudanças de ordens, princípios e moral.

Mudando o espirito eleitoral obtendo a eleição direta, conquistando assim a cidadania ativa.

Pode se dizer então na ênfase deste trabalho que a república não é apenas uma, mas com o estudo dentro de uma república, podemos achar varias e foi dentro deste processo de dessas mudanças, greves, lutas de direito trabalhista, e crises econômicas que a República do Rio de janeiro foi constituída.

Referências bibliográficas:                                                      

CARVALHO, José Murilo de. Os bestializados. O Rio de Janeiro e a República que não foi. São Paulo: Companhia das Letras. 2005. p. 9-65.